MENGO OU NEGO?


(alguma informação sobre minha bandeira, minha terra e a bandeira maior da minha maior terra).

Ao contrário do que muita gente pensa, inclusive pessoas formadas em nível superior; inclusive doutores; inclusive professores e outros intelectuais (estou isento de qualquer responsabilidade pois cursei apenas um tumultuado 2º grau, meio xoxo, meio mobral), enfim... ao contrário do que muitos pensam, como ia dizendo, algumas coisas não são o que aparentam ser; ou não são como ensinadas foram, ou pensadas são. Por exemplo: aquela bandeira da Paraíba nas cores preta e vermelha, nada tem a ver com o flamengo, entendeu? Nem tampouco o que está escrito é MENGO, certo? (brincadeirinha, viu!) Aquela bandeira tem uma bonita história.
A bandeira da Paraíba foi adotada pelo Partido da Aliança Liberal em 25 de setembro de 1930. O preto simboliza a disputa que culminou no assassinato de João Pessoa. Já o vermelho foi adotado como símbolo-mor das revoluções. A palavra "NEGO" que figura na bandeira vem do verbo "negar", remetendo à não aceitação por parte de João Pessoa, representante da Paraíba, em apoiar à candidatura de Júlio Prestes (da aliança café-com leite), onde São Paulo e Minas revezavam-se na presidência do Brasil.
Em alguns casos ainda se vê a palavra NÉGO acentuada, pois à época de sua oficialização, em 26 de julho de 1965 a grafia ainda se fazia desta forma, com acento agudo na letra "e".
Ah! A propósito, quando se canta Paraíba Mulher Macho, também não é uma alusão à mulher paraibana, não! E sim à Paraíba, pequenino estado que se rebelou corajosamente no episódio narrado acima e cantado inteligentemente pelo rei do baião, Luís Gonzaga.
Ainda falando de bandeira, temos o caso daquela estrelinha lá em cima, na bandeira brasileira, acima da faixa ordem e progresso. Você sabe o que ela representa? Sim, claro que você sabe que não é Brasília. Não é isso? Claro que você sabe que ela representa o Pará e se chama Spica, não é verdade? Realmente, por mais que pareça não representa Brasília, não senhor! Representa o Pará, pois à época da criação da nossa Bandeira atual, o Pará tinha o maior território acima da linha do Equador. Se não estou enganado, isso aconteceu em 1889 e quem me ensinou foi a professora Teté e garanto que ela estava certa. Aliás, a professora Teté sempre esteve certa, ouviu? Aliás foi ela quem me falou também que a estrela que representa Brasília, a Capital Federal, chama-se Sigma do Oitante, a menos brilhante de todas as estrelas da nossa bandeira, muito embora sempre esteja presente no céu. (Seria para não ver o que ocorre naquelas plagas?)
O certo é que a cada dia, a Sigma do Oitante parece estar esmaecendo mais e mais. Tomara que não se apague e não se transforme em estrela cadente.

Que coisa! Oxente!
Não quero panetone, nem cesta básica. Só quero ter orgulho de ser desta terra e fazer parte dessa gente!